quarta-feira, 25 de abril de 2012

ATIVIDADE 3º ANO


CE CASIMIRO DE ABREU
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
1. "A língua sem arcaísmo. Sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos".
Neste trecho do Manifesto Pau-Brasil, de Oswald de Andrade, depreende-se um dos programas propostos pelos modernistas:
a invenção de uma nova língua, estruturalmente diferente da falada e escrita pelos portugueses 
a imitação do discurso dos autores populares da literatura oral brasileira 
a incorporação da fala brasileira à língua literária nacional 
o repúdio à literatura dos escritores do passado, apenas porque eram afeitos à extrema correção 
2. A poesia modernista sobretudo a da primeira fase (1922-1928):
faz uma síntese dos pressupostos poéticos que norteavam a linguagem parnasiano-simbolista 
incentiva a pesquisa formal com base nas conquistas parnasianas, a ela anteriores 
enriquece e dinamiza a linguagem, inspirando-se na sintaxe clássica 
confere ao nível coloquial da fala brasileira a categoria de valor literário 
3. Baseando-se no trecho abaixo responda obedecendo ao código:

        Trem de ferro
        "Café com pão / Café com pão / Café com pão / Virge Maria que foi isto maquinista" (Manuel Bandeira)

        I   - A significação do trecho provém da sugestão sonora.
        II  - O poeta utiliza expressões da fala popular brasileira
        III - A temática e a estrutura do poema contrariam o programa poético do Modernismo.

se I, II e III forem corretas 
se I e II forem corretas e III incorreta 
se I,II e III forem incorreta 
se I e II forem incorretas e apenas III correta
 4. No Mordenismo diversos nomes de autores estão vinculados a revistas e grupos a que pertenciam. Qual das seguintes relações está errada?
Mário de Andrade - "Klaxon" 
Carlos Drummond de Andrade - "A Revista" 
Cassiano Ricardo - "Antropofagia" 
Plínio Salgado - "Anta" 
5. Em dois movimentos estéticos, na literatura brasileira, há grande preocupação com o nacionalismo. Em um, evidencia-se a postura nitidamente ufanística; em outro, freqüentemente contestatória. São eles, respectivamente:
Romantismo e Modernismo 
Parnasianismo e Simbolismo 
Simbolismo e Modernismo 
Barroco e Arcadismo 
6. Todos os itens encerram conquistas definitivas do Modernismo para as novas gerações, exceto:
orientação da literatura num estilo nacionalista, de base humana e social 
espírito amadorista e anarquista; o desprezo pela técnica de composição e estrutura 
descentralização intelectual, através de grupos e movimentos com características próprias 
busca da linguagem dinâmica, expressão do momento e da realidade nacional 
7  Leia as proposições abaixo e marque as seqüências que completam a frase: "No Modernismo constatamos..."

        I   - manifestação inicial na poesia, estendendo-se à prosa
        II  - reação ao regionalismo
        III - culto à forma
        IV  - rompimento com a métrica tradicional
        V   - nacionalização de nossa literatura

I, II e IV estão corretas 
II, III e IV estão incorretas 
I, IV e V estão corretas 
I, III e V estão incorretas 
8. Sobre o Modernismo no Brasil é possível afirmar:

        I   - A SAM representa a consolidação oficial de um ideário estético 
              que se vinha pondo em prática desde o desaparecimento do 
              Parnasianismo, na 1ª década do século
        II  - O momento literário compreendido entre 1928 e 1939 
              caracteriza-se pelo predomínio da prosa de ficção. É quando se 
              ativa a produção literária de Graciliano Ramos, Jorge Amado e 
              José Lins do Rego
        III - No período compreendido entre 1922 e 1928 — em que se processam
              atitudes contestatórias a estéticas anteriores —, há um grande 
              surto de produção poética, ligada aos nomes de Oswald de 
              Andrade, Mário de Andrade e Guilherme de Almeida

só a proposição I é correta 
só a proposição II é correta 
só a proposição III é correta 
são corretas as proposições II e III 
9. A poesia modernista caracteriza-se, formalmente, pelo predomínio de:
versos regulares, metrificados, sem rima 
versos brancos, sem metrificação regular, com estrofes 
versos livres, sem metrificação regular, sem rima 
versos irregulares, com rima, preferência ao soneto 
10. O poema Os Sapos, de Manuel Bandeira, contém uma crítica à:
escola simbolista 
escola parnasiana 
escola realista 
escola modernista 


ATIVIDADE 2º ANO

CE CASIMIRO DE ABREU
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO


1. O trecho a seguir é parte do poema “Mocidade e morte”, do poeta romântico Castro Alves:

Oh! eu quero viver, beber perfumes
Na flor silvestre, que embalsama os ares;
Ver minh'alma adejar pelo infinito,
Qual branca vela n'amplidão dos mares.
No seio da mulher há tanto aroma...
Nos seus beijos de fogo há tanta vida...
–– Árabe errante, vou dormir à tarde
À sombra fresca da palmeira erguida.
Mas uma voz responde-me sombria:
Terás o sono sob a lájea fria.
ALVES, Castro


Esse poema, como o próprio título sugere, aborda o inconformismo do poeta com a antevisão da morte prematura, ainda na juventude. A imagem da morte aparece na palavra:
(A) embalsama.
(B) infinito.
(C) amplidão.
(D) dormir.
(E) sono.


2. O retorno à Idade Média foi, em Portugal, manifestação de uma característica do Romantismo.
a) Que característica foi essa? 
b) Qual a manifestação correspondente no Romantismo brasileiro?

3.O texto abaixo apresenta, basicamente, três partes: a realidade, o sonho e a realidade novamente. Aponte o início e o fim de cada uma das partes. Compare as duas partes relativas à realidade com a parte relativa ao sonho.


Oh! ter vinte anos sem gozar de leve
A ventura de uma alma de donzela!
E sem na vida ter sentido nunca
Na suave atração de um róseo corpo
Meus olhos turvos se fechar de gozo!
Oh! nos meus sonhos, pelas noites minhas
Passam tantas visões sobre meu peito!
Palor de febre meu semblante cobre,
Bate meu coração com tanto fogo!
Um doce nome os lábios meus suspiram,
Um nome de mulher... e vejo lânguida
No véu suave de amorosas sombras
Seminua, abatida, a mão no seio,
Perfumada visão romper a nuvem,
Sentar-se junto a mim, nas minhas pálpebras
O alento fresco e leve como a vida
Passar delicioso... Que delírios!
Acordo palpitante... inda a procuro:
Embalde a chamo, embalde as minhas lágrimas
Banham meus olhos, e suspiro e gemo...
Imploro uma ilusão... tudo é silêncio!
Só o leito deserto, a sala muda!
Amorosa visão, mulher dos sonhos,
Eu sou tão infeliz, eu sofro tanto!
Nunca virás iluminar meu peito
Com um raio de luz desses teus olhos?

4. (FUVEST-SP) 
I.Pálida à luz da lâmpada sombria
Sobre o leito de flores reclinada
Como a lua por noite embalsamada 
Entre as nuvens do amor ela dormia!

II.Uma noite, eu me lembro... ela dormia
Numa rede encostada molemente...
Quase aberto o roupão... solto o cabelo
E o pé descalço no tapete rente.

Os dois textos apresentam diferentes concepções da figura da mulher. Se ambos os textos são românticos, como explicar a diferença no tratamento do tema? Apontar nos dois textos situações contrastantes que revelam essas diferentes concepções.

5. Cite um fato histórico que influenciou o Romantismo.

6. O romantismo está relacionado com o surgimento de um novo público leitor. Qual?

7. Leia o texto de Álvares de Azevedo a seguir e responda as questões propostas:

Idéias Íntimas (fragmentos) 
“Parece-me que vou perdendo o gosto
(...) Passo as noites aqui e os dias longos;
Dei-me agora ao charuto em corpo e alma;
(...) Meu pobre leito! Eu amo-te contudo!
Aqui levei sonhando noites belas;
As longas horas olvidei libando
Ardentes gotas de licor doirado,
Esqueci-as no fumo, na leitura
Das páginas lascivas do romance...

Meu leito juvenil, da minha vida
És a página d’oiro. Em teu asilo
Eu sonho-me poeta, e sou ditoso,
E a mente errante devaneia em mundos
Que esmalta a fantasia! Oh! Quantas vezes 
Do levante sol entre odaliscas
Momentos não passei que valem vidas!
Quanta música ouvi que me encantava!
Quantas virgens amei!(...)
Ó meus sonhos de amor e mocidade,
Por que ser tão formosos, se devíeis
Me abandonar tão cedo... e eu acordava
Arquejando a beijar meu travesseiro?

Parece que chorei... Sinto na face
Uma perdida lágrima rolando...
Satã leve a tristeza! Olá, meu pajem,
Derrama no meu copo as gotas últimas
Dessa garrafa negra... 

(...) E no cérebro passam delirosos
Assomos de poesia... Dentre a sombra
Vejo num leito d’oiro a imagem dela
Palpitante, que dorme e que suspira,
Que seus braços me estende...

Eu me esquecia:
Faz-se noite; traz fogo e dois charutos
E na mesa do estudo acende a lâmpada...”

a) Destaque os versos do poema que, ironicamente, destroem a idealização amorosa.

b) Pode-se entender, por meio da última estrofe do poema, que a viagem foi encerrada? Por quê? 

c) Que tipo de visão o eu lírico tem quando sob os efeitos do álcool?

d) De que modo o eu lírico tornava as “longas 
horas” menos dolorosas?

e) Que sonhos criava quando se encontrava no leito?



8. Leia o texto e assinale falsa ou verdadeira.

“Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz, e escrevam nela:
- Foi poeta – sonhou – e amou na vida.”

a) os versos fazem parte de um longo poema de Gregório de Matos.
b) Mostram como Álvares de Azevedo foi marcado pelo tema da morte e da solidão.
c) São típicos da poesia Pau Brasil.
d) Definem o poeta tal qual o concebia o Realismo.
e) São típicos do Mal do Século.


9. “Pálida, à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!

Era a virgem do mar! Na escuma fria
Pela maré das águas embaladas!
Era um anjo entre nuvens d’alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!”

a) transcreva as expressões que mergulhem a mulher num mundo irreal, idealizado e distante.


10. No poema do exercício anterior , observamos que a mulher aparece frequentemente na poesia de Álvares de Azevedo como figura:
a) sensual
b) concreta
c) próxima
d) natural
e) inacessível

11. “Ó guerreiros da Tribo Tupi
Ó guerreiros, meus cantos ouvi.”
A geração da poesia romântica aí representada é:
a) pré-romântica
b) social
c) indianista
d) mal do século
e) ultra-romântica

12. Assinale o contexto histórico do período do romantismo:
a) Iluminismo 
b) Revolução Francesa
c) Inconfidência Mineira
d) Impeachment do Collor
e) Descobrimento do Brasil

13. O Romantismo está relacionado com o surgimento de um novo público leitor. Qual é essa classe?
a) burguesia
b) senhores feudais
c) nobreza
d) escravo
e) fazendeiro

14. Marque a alternativa que não caracteriza a estética romântica:
a) subjetivismo
b) primado do sentimento
c) culto à natureza
d) pessimismo
e) objetivismo

15. A impossibilidade de realizar o sonho absoluto do Eu gera inquietude, desespero, frustração, que levam às vezes ao suicídio, refletindo a evasão na morte, solução definitiva para o:
a) culto ao real
b) nacionalismo
c) culto ao fantástico
d) mal do século
e) indianismo

16. “Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.”
O fragmento acima, de um poema de Gonçalves Dias caracteriza o:
a) nacionalismo
b) mal do século
c) culto ao fantástico
d) pessimismo
e) fantasmagórico

17. Sobre o Romantismo brasileiro é correto afirmar que:
a) teve como obra inicial Iracema, de José de Alencar
b) trata da temática sagrado X profano
c) tem como contexto histórico o Iluminismo
d) de modo geral, os poetas têm uma visão da mulher de forma real, não idealizada
e) em sua segunda fase, apresentou poetas cuja inclinação para o mistério e a morte os colocava sobre o clima do “mal do século”

18. Assinale a alternativa em que se encontram características do movimento literário ao qual se dá o nome de Romantismo:
a) predomínio da razão
b) busca de temas nacionais, sentimentalismo e imaginação
c) arte pela arte
d) desejo de expressar a realidade objetiva
e) imitação dos antigos gregos e romanos 


Leia o poema abaixo para responder as questões 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25 e 26.

Canção do Exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso Céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
(Gonçalves Dias)
Portugal, julho de 1843.

19. Explique o título do poema

20. Esse poema ilustra uma característica básica do Romantismo. Qual? Justifique sua resposta com fragmentos do poema.

Observe agora que o poema está organizado a partir da oposição entre dois espaços; a pátria – com os elementos que a caracterizam – e o exílio.

21.Que palavras do texto evidenciam essa antítese?

22.Como é cada um desses espaços para o eu lírico?

23.Que sentimentos ele manifesta em relação à pátria?

24.Esses sentimentos são expressos sobretudo em relação à natureza brasileira: palmeiras, sabiá, bosques e etc. o eu lírico é objetivo e imparcial ao descrever essa natureza? Por quê?

25. Onde é lá? E cá?

26.O Nativismo significa a presença, nos textos literários, de alguns vestígios da natureza ou da vida social do Brasil. Nacionalismo, por sua vez, é um conceito mais amplo, porque envolve a idéia de nação, povo e de uma identidade cultural que os represente. Você acha que o poema de Gonçalves Dias é nativista ou nacionalista? Justifique.

27. Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz, e escrevam nela:
- Foi poeta – sonhou - e amou na vida.
Assinale Falsa ou Verdadeira:

a)Os versos fazem parte de um longo poema de Gregório de Matos.
b)Mostram como Álvares de Azevedo foi marcado pelo tema da morte e da solidão.
c)Definem o poeta tal qual o concebia o Realismo.
d)São típicos da poesia Pau-Brasil.
e)São típicos do Mal do Século.

terça-feira, 24 de abril de 2012

ATIVIDADE 1º ANO

Responda às questões propostas
 1. Associe: DENOTATIVO (1), ou CONOTATIVO (2):
(___________) Meu pai é meu espelho
(___________) Quebrei o espelho do banheiro
(___________) Essa menina tem um coração de ouro.
(___________) A Praça da Sé fica no coração de São Paulo.
(___________) Fez um transplante de coração.
(___________) Você é mesmo mau: tem um coração de pedra.
(___________) Para vencer a guerra era preciso alcançar o coração do país.
(___________) Completou vinte primaveras.
(___________) Na primavera os campos florescem.
(___________) O leão procurou o gerente da Metro.
(___________) O metro é uma unidade de comprimento.
(___________) Estava tudo em pé de guerra.
(___________) Ela estava com os pés inchados.
(___________) É órfão de afeto.
(___________) Muito cedo ele ficou órfão de pai.
(___________) Caíram da escada.
(___________) O leão caiu num sono profundo.
(___________) Feriu-se na boca.
(___________) Vem o Flamengo apontando a boca do túnel.
(___________) O alpinista conseguiu escalar a montanha.
(___________) Ela disse uma montanha de absurdos.
(___________) Este cavalo venceu a corrida.
(___________) Você foi um cavalo durante a partida.
(___________) Nosso goleiro engoliu um frango naquele jogo.
(___________) Correu muito, mas não apanhou o frango carijó.
(___________) A tempestade já conspirava no ar.
(___________) Os cascos do animal tiravam fogo dos seixos do caminho.
(___________) O pescador vinha chegando.
(___________) O chão era uma confusão desolada de galhos.
(___________) A casa estava no meio de um vale que o sol beijava.
(___________) A varanda corria ao longo da face norte da casa.
(___________) Havia outros cães.

2. Leia atentamente os textos abaixo e indique D quando prevalecer a denotação e C quando prevalecer a conotação:
a) ( ) “O ano de 1948, em Pernambuco, foi marcado por um processo revolucionário, liderado por um Partido Liberal radical.”
b) ( ) “Nem mesmo o Recife que aprendi a amar depois – Recife das revoluções libertárias
Mas o Recife sem história nem literatura
Recife sem mais nada
Recife da minha infância”
c) ( ) “ depois de analisar os prontuários de 964 pessoas operadas np Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, no Recife, o médico Cláudio Moura Lacerda de Melo, 31 anos, concluiu que seus colegas exageraram na requisição de exames radiológicos e de laboratório, ao mesmo tempo em que dão pouca atenção ao exame direto do paciente e a uma conversa com ele sobre o seu histórico de saúde”.
d) ( ) “Em todo triângulo, o quadrado de qualquer lado é igual a soma dos quadrados dos outros dois, menos o duplo produto destes dois lados pelo co-seno do ângulo que eles formam.
e) ( )“ A ciência que se constituiu em torno dos fatos da língua passou por três fases sucessivas antes de reconhecer seu verdadeiro e único objeto’’
f) ( ) “Tantas palavras / Que eu conhecia / E já não falo mais, jamais/ Quantas palavras Que ela adorava/ Saíram de cartaz”
g) ( ) “ Abriu os olhos devagar. Os olhos vindos de sua própria escuridão nada viram na desmaiada luz da tarde. Ficou respirando. Aos poucos recomeçou a enxergar, após poucos as formas foram se solidificando, ela cansada, esmagada pela doçura de um cansaço”
h) ( ) “Na literatura brasileira de hoje, talvez seja o conto o gênero de maior destaque, em termos de vigor e criatividade”.
3. Leia os textos e diga se são LITERÁRIO ou NÃO LITERÁRIO:
TEXTO 1
O verão:

Quando se vê o sol radiante,
que aquece o coração,
Não poderia ser outra estação
se não o verão!

Época de calores,
de grandes amores
Época que ilumina o ano,
de novos planos.

Que deixa saudades,
mas o melhor é saber
que ele sempre volta!

TEXTO 2

A melhor estação


O Verão é uma das quatro estações do ano, entre primavera, outono e inverno. Como todas as estações, o verão tem três meses de duração, porém os dias são mais longos em determinados estados do nosso país e também em outros países, em função do horário de verão (alteração de horário). Antigamente o verão era dividido em duas partes, o verão propriamente dito, com o tempo quente e chuvoso, e o estio, com o tempo quente e seco. 
É nessa época do ano que se costuma tirar férias, ir para a praia, para fora, enfim, viajar, descansar, sair da rotina. Conhecer novas praias, fazer novos amigo e quem sabe, ter um amor de verão?
Estação da moda, das tendências, das passarelas, do amor. Enfim, verão para mim é a melhor estação do ano!

quinta-feira, 12 de abril de 2012

TEXTO PARA AULA DE GÊNEROS TEXTUAIS - 1º ANO


Artigo

A utopia sufoca a educação de qualidade

"SE A DIFERENÇA QUE MAIS IMPACTA A QUALIDADE DE VIDA DAS PESSOAS É A DE RENDA, E SE A FONTE PRINCIPAL DE RENDA É O TRABALHO, ENTÃO PRECISAMOS DE UM SISTEMA EDUCACIONAL QUE COLOQUE RICOS E POBRES EM IGUALDADE DE CONDIÇÕES PARA CONCORRER NO MERCADO DE TRABALHO"

Gustavo Ioschpe
A missão da boa escola é ensinar as disciplinas fundamentais aos alunos, e não tentar corrigir as desigualdades do Brasil
A missão da boa escola é ensinar as disciplinas fundamentais aos alunos, e não tentar corrigir as desigualdades do Brasil (Jonne Roriz/AE)
Um dos males que assolam nossa educação é a esperança vã de pensadores e legisladores de que uma escola que mal consegue ensinar o básico resolva todos os problemas sociais e éticos do país. Eles criaram um sistema com um currículo imenso, sistemas de livros didáticos em que o objetivo até das disciplinas científicas é formar um cidadão consciente e tolerante. Responsabilizaram a escola pela formação de condutas que vão desde a preservação do meio ambiente até os cuidados com a saúde; instituíram cotas raciais e forçaram as escolas a receber alunos com necessidades especiais. A agenda maximalista seria uma maneira de sanar desigualdades e corrigir injustiças. O Brasil deveria questionar essa agenda.
Primeira pergunta: nossas escolas conseguem dar conta desse recado? A resposta é, definitivamente, não. Estão aí todas as avaliações nacionais e internacionais mostrando que a única igualdade que nosso sistema educacional conseguiu atingir é ser igualmente péssimo. Copiamos o ponto final de programas adotados nos países europeus sem termos passado pelo desenvolvimento histórico que lhes dá sustentação.
Segunda pergunta: esse desejo expansionista faz bem ou mal ao nosso sistema educacional? Será um caso em que mirar no inatingível ajuda a ampliar o alcançável ou, pelo contrário, a sobrecarga faz com que a carroça se mova ainda mais devagar? Acredito que seja o último. Por várias razões. A primeira é simplesmente que essas demandas todas tornam impossível que o sistema tenha um foco. Perseguir todas as ideias que aparecem -- mesmo que sejam todas nobres e excelentes -- é um erro. Infelizmente, a maioria dos nossos intelectuais e legisladores não tem experiência administrativa, e acredita ser possível resolver qualquer problema criando uma lei. No confronto entre intenções e realidade, a última sempre vence. A segunda razão para preocupação é que, com uma agenda tão extensa e bicéfala -- formar o cidadão virtuoso e o aluno de raciocínio afiado e com conhecimentos sólidos --, sempre é possível dizer que uma parte não está sendo cumprida porque a prioridade é a outra: o aluno é analfabeto, mas solidário, entende? (Com a vantagem de que não há nenhum índice para medir solidariedade.) E, finalmente, porque quando as intenções ultrapassam a capacidade de execução do sistema o que ocorre é que o agente -- cada professor ou diretor -- vira um legislador, cabendo a ele o papel de decidir quais partes das inatingíveis demandas vai cumprir. Uma medida que deveria estimular a cidadania tem o efeito oposto: incentiva o desrespeito à lei, que é a base fundamental da vida em sociedade.
Eduardo Nicolau/AE
As aulas de ciências e as de português e matemática são as que vão fazer diferença positiva na vida dos jovens quando eles chegarem ao mercado
As aulas de ciências e as de português e matemática são as que vão fazer diferença positiva na vida dos jovens quando eles chegarem ao mercado
Terceira pergunta: mesmo que todas essas nobres intenções fossem exequíveis, sua execução cumpriria as aspirações de seus mentores, construindo um país menos desigual? Eu diria que não apenas não cumpriria esses objetivos como iria na direção oposta. Deixe-me dar um exemplo com essas novas matérias inseridas no currículo do ensino médio -- música, sociologia e filosofia. A lógica que norteou a decisão é que não seria justo que os alunos pobres fossem privados dos privilégios intelec-tuais de seus colegas ricos. O que não é justo, a meu ver, é que a adição dessas disciplinas torna ainda mais difícil para os pobres se equiparar aos alunos mais ricos nas matérias que realmente vão ser decisivas em sua vida. A desigualdade entre os dois grupos tende a aumentar. A triste realidade é que, por viverem em ambientes mais letrados e com pais mais instruídos, alunos de famílias ricas precisam de menos horas de instrução para se alfabetizar. É pouco provável que um aluno rico saia da 1ª série sem estar alfabetizado, enquanto é muito provável que o aluno pobre chegue ao 3º ano nessa condição. O aluno rico pode, portanto, se dar ao luxo de ter aula de música. Para nivelar o jogo, o aluno pobre deveria estar usando essas horas para se recuperar do atraso, especialmente nas habilidades basilares: português, matemática e ciências. É o domínio dessas habilidades que lhe será cobrado quando ingressar na vida profissional. Se esses pensadores querem a escola como niveladora de diferenças, se a diferença que mais impacta a qualidade de vida das pessoas é a de renda, e se a fonte principal de renda é o trabalho, então precisamos de um sistema educacional que coloque ricos e pobres em igualdade de condições para concorrer no mercado de trabalho. O que, por sua vez, presume uma educação desigual entre pobres e ricos, fazendo com que a escola dê aos primeiros as competências intelectuais que os últimos já trazem de casa. Estou argumentando baseado em uma lógica supostamente de esquerda (digo supostamente porque, nesse caso, é transparente que as boas intenções dos revolucionários de poltrona só aprofundam as desigualdades que eles pretendem diminuir).
O mercado de trabalho valoriza mais as habilidades cognitivas e emocionais não porque os nossos empregadores sejam mesquinhos, mas porque, em um mercado competitivo, precisam remunerar seus trabalhadores de acordo com sua produtividade. Essa é a lógica inquebrantável do sistema de livre-iniciativa. Não adianta pedir ao gerente de recursos humanos que seja “solidário” na hora da contratação e leve em conta que os candidatos à vaga vêm de origens sociais diferentes, porque, se o recrutador selecionar o funcionário menos competente, o mais certo é que em breve ambos estejam solidariamente no olho da rua. Não conheço nenhum estudo que demonstre o impacto de uma educação filosoficamente inclusiva sobre o bem-estar das pessoas. Mas há vários estudos empíricos sobre a desigualdade no Brasil. O que eles informam é assustador: o fator número 1 na explicação das desigualdades de renda é, de longe, a desigualdade educacional (disponíveis em twitter.com/gioschpe). Ao criarmos uma escola sobrecarregada com a missão de não apenas formar o brasileiro do futuro mas corrigir as desigualdades de 500 anos de história, nós nos asseguramos de que ela se tornará um fracasso. A escola não pode fracassar, pois é a alavanca de salvação do Brasil.
O tipo de escola pública que queremos é uma discussão em última instância política, e não técnica. É legítimo, embora estúpido, que a maioria dos brasileiros prefira uma educação que fracasse em ensinar a tabuada mas ensine bem a fazer um pagode. Acrescento apenas uma indispensável condição: que a população seja informada, de modo claro e honesto, sobre as consequências de suas escolhas. Quais as perdas e os ganhos de cada caminho. O que é, aí sim, antidemocrático e desonesto é criar a ilusão de que não precisamos fazer escolhas, de que podemos tudo e de que conseguiremos obter tudo ao mesmo tempo, agora. Infelizmente, é exatamente isso que vem sendo tentado. Nossas lideranças se valem do abissal desconhecimento da maioria da população sobre o que é uma educação de excelência para vender-lhe a possibilidade do paraíso terreno em que professores despreparados podem formar o novo homem e o profissional de sucesso. Essa utopia, como todas as outras, acaba em decepção e atraso. Essa pretensa revolução, como todas as outras, termina beneficiando apenas os burocratas que a implementam.
FONTE: REVISTA VEJA